domingo, 31 de julho de 2011

FILOSOFIA DE VIDA

A  Filosofia, entendida como aspiração ao conhecimento racional, lógico e sistemático da realidade natural e humana, da origem das causas do mundo e de suas transformações, das ações humanas e do próprio pensamento é um fato tipicamente grego. No entanto, questões filosóficas fazem parte do nosso cotidiano.

 Platão e Aristóteles, filósofos gregos, afirmavam que a primeira virtude do filósofo é ser capaz de se surpreender com o óbvio e questionar as verdades dadas, problematizar, o que caracteriza a filosofia não como posse da verdade e sim como uma busca. No entanto, essa virtude não diz respeito apenas aos filósofos pois  é possível a qualquer pessoa propor questões filosóficas na medida em que somos seres racionais e sensíveis e sempre damos sentido às coisas. É a esse filosofar espontâneo de todos nós que chamamos de FILOSOFIA DE VIDA. A esse propósito, o filósofo italiano Antônio Gramsci afirmou:

                  " não se pode pensar em nenhum homem que não seja também filósofo, que
                   não pense, precisamente porque o pensar é próprio do homem como tal."

As questões filosóficas fazem parte do nosso cotidiano e permeiam a nossa vida. Quantas vezes já nos perguntamos sobre o que é o amor, a amizade, a fidelidade, a solidão, a morte? Certamente, não só pensamos como também eventualmente, discutimos a respeito com os amigos, observando que os pontos de vista não coincidem. Essas divergências também ocorrem entre os filosófos. A diferença é que os filosófos especialistas conhecem a história da filosofia e levantam problemas que tentam equacionar não pelo simples bom-senso, mas por meio de conceitos e argumentos rigorosos. Afinal, a discussão filosófica está sempre aberta à controvérsia.

A filosofia é sobretudo a experiência de um pensar permanente, é uma atitude diante da vida tanto no dia a dia como nas situações-limite, que nos exige decisões cruciais. por isso, é preferível compreendê-la como processo e como reflexão crítica e autônoma a respeito da realidade.

Por conta dessa afinidade que temos com o filosofar, parece claro que seria proveitoso enriquecer nossa reflexão pessoal  desenvolvendo um novo olhar sobre o mundo, típico da especificidade do filosofar, nossa percepção sobre o cotidiano, questionando o senso comum e descobrindo novos significados para a existência e para as relações humanas. Afinal, Nem sempre o real é o que nos parece ser. . .

Nenhum comentário:

Postar um comentário